Chegamos em Calama e demoramos a localizar um posto de gasolina, passando antes por dois shoppings e um grande supermercado Tottus, e nem paramos, foi um stop-and-go; antes de Antofagasta passamos por algumas vilas de mineiros e muitas empresas de mineração, que é o só o quem tem por essas paragens.
Antofagasta é uma cidade portuária, se bem que o porto não é muito grande. Tem um Clube de Yates, com uma dezena de veleiros e uns outros barcos e como era domingo, estava acontecendo algum evento na avenida Costanera, impedindo o trânsito, quando finalmente conseguimos chegar na saída, após abastecermos, tivemos que voltar pois a saída sul estava em obras e tivemos que utilizar a saída norte, por onde entramos, isso foi um grande atraso.
Descendo uns 100 km mais ao sul, chegamos à grande mão do deserto, onde paramos pra fotografar o Santo Graal do motociclismo da América do Sul. Se falarmos em objetivo de conquista, esse era o único marco que eu havia idealizado para essa viagem: chegar à grande mão no meio do deserto do Atacama, longe de tudo e ao lado do Pacífico. Tirando Ushuaia, que é uma empreitada maior e mais complicada, eu não vejo nenhum outro marco com a mesma dificuldade. Essa foto vai pro curriculum!
Depois disso, o Marcão quase ficou sem gasolina pois o frentista não encheu muito o tanque dele e o posto apareceu somente depois de 280km de Antofagasta e o computador de bordo da moto do Marcão já indicava apenas mais 10km de autonomia, o pior foi os últimos 30 ou 40 km até chegar ao posto, que o Marcão foi andando a 80 km/h; andando a essa velocidade debaixo do sol do deserto, parece que você está parado. Devíamos ter parado em Água Negra, a uns 50km de Antofagasta, pra completar o tanque,teria sido melhor.
Mas pior que quase ficar sem gasolina foi o almoço... Olha só pra esse comedor!!! Se bem que foi o rango mais barato da viagem: com o preço de uma cervejinha de 300ml aqui em Copiapó, deu pra pagar o almoço e mais o refrigerante nessa parada: apenas 2.500 pesos por cabeça.
Passamos por Chañaral e no caminho para Caldera, fotografei essas moradias populares que o Marcão está insistindo em dizer que são casas de veraneio do pessoal daqui (?). Só naquela cabeçona dele mesmo...
Copiapó é uma cidade grande e vive em função da mineração. Tem um aeroporto grande entre Copiapó e Caldera, no litoral, e pra se ter uma idéia, num único quarteirão próximo ao centro, eu contei três escritórios de empresas mineradoras. E na rua só se vê pickapes da Abengoa e outras empresas mineradoras.
Piscinha "de Ramos" em Chañaral
Estátua pela paz mundial em Copiapó
Confraria Overbikers na grande mão!
Amanhã deve dar pra chegar em Valparaíso/Santiago, são "apenas" 800km.
Parabéns aos moto aventureiros da vez !
ResponderExcluirGostei da definição da Mano del desierto Santo Graal dos motociclistas !
Lugares únicos que dificilmente se consegue descrever em palavras !
Vlw Paulão. Tudo naquela paisagem é muito diferente de qualquer coisa no Brasil. É uma experiência pra contar pros netos (como diz o Marcão), ainda bem que estou escrevendo aqui, senão eu esqueço... rsrsrs "Lugares únicos" nem resvala na exclusividade dessa paisagem, você está certíssimo!!!
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