segunda-feira, 30 de março de 2009

Descida para Paraty

Semana passada eu fui pra Paraty de moto; saí bem cedinho de casa, com o sol raiando, e peguei a Rod. Airton Senna e a Carvalho Pinto até Taubaté e depois a Rod. Oswaldo Cruz para Ubatuba - que estrada linda. O tempo ajudou e eu pude ver aqueles morros verdes com o sol despontando e diversas nuvens baixas nos vales (cheguei a pegar um pouco de neblina) e o efeito visual foi incrível. A luz do amanhecer e do pôr-do-sol emprestam uma dramaticidade às imagens, que as tornam divinas. Todos que gostam de tirar fotos sabem que tudo é uma questão de usar a iluminação correta, e Deus sabe como iluminar sua criação. Em diversos trechos da estrada, o sol se esforçava para atravessar as árvores e criava um efeito ainda mais bonito com seus raios tocando o asfalto em algumas partes, em outros trechos a luz sequer conseguia atravessar e o resultado eram túneis sob as árvores. Ainda hoje comentei que poucas coisas na vida são tão terapêuticas quanto isso; se tem um jeito de manter a sanidade nessa vida doida que levamos na cidade grande... é esse!!! Melhor que isso, só uma boa velejada, com um ventinho de través e o mar espelhado... mas esse é outro capítulo!
Depois das minhas 'pilotadas' em Interlagos e de ter lido o 'Sport Riding Techniques' do Nick Ienatsch, aprendi diversas técnicas que tornam minhas viagens muito mais seguras e divertidas; o que mais gosto hoje em dia são as curvas: abre na entrada, freia antes, posiciona o corpo, deita pra fazer a tangente de dentro, acelera e sai tangenciando o outro lado... perfeito! Curva pra cá, curva pra lá, o chão passando perto, e eu me sentindo cada vez mais vivo... e feliz!!! Só de lembrar já dá vontade de descer pra garagem e sair andando de novo!!!
Tenham todos uma boa semana!

sábado, 21 de março de 2009

A felicidade é o caminho

Li ontem que um neurocientista japonês concluiu que conduzir motocicletas ajuda seus pilotos a se manterem jovens. How cool is that? Agora já tenho alvará médico para sair andando de moto (não dos ortopedistas, é claro!), pode ler a matéria abaixo.
Isso me faz lembrar de uma história que li a muitos anos atrás sobre uma executiva nova iorquina que recebeu o diagnóstico de câncer e que ela viveria apenas mais alguns meses, então em lugar de se entregar ela aprender a andar de moto, comprou uma Harley (tudo bem, também é moto!) e saiu viajando pela Amércia; quando escreveram a matéria já fazia anos que ela se dizia curada; a doença não progrediu e ela continuava vivendo e andando de moto todos os finais de semana. A lição aqui é que, realmente, a felicidade não é algo a ser alcançado, a felicidade é o próprio caminho, e quer caminho mais feliz do que sobre duas rodas? Usamos carros pra chegar, e moto pra ir. Ir pra onde? Qualquer lugar, o gostoso é estar indo... A felicidade é o caminho!!!

Do email do Miam (amigo motoqueiro):
Pilotar motos ajuda seus condutores a se manterem jovens, uma vez que esta é uma atividade que mantém o cérebro com vigor, esta foi a conclusão a que chegou o neurocientista japonês Ryuta Kawashima, criador de um popular jogo da Nintendo DS "Brain Training", após realizar um estudio na Universidade de Tohoku, em colaboração com a Yamaha Motor.

Segundo o cientista japonês, "o cérebro do condutor se ativa muito mais ao pilotar uma moto, em parte porque se requer um alto nivel de atenção". O estudo, realizado entre homens de idade mediana, demostrou que "em um ambiente cômodo e fácil, a mente humana e o corpo tendem a relaxar. Nossa conclusão final é que pilotar motos pode ajudar em um envelhecimento com mais inteligencia" .

O estudo apresentado por Kawashima, de 49 anos de idade e grande aficcionado de motos, incluiu 22 homens, todos com idades entre 40 e 50 anos, que não haviam pilotado motos durante a última década.
"Os voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos e um destes voltou a andar de moto diariamente durante dois meses, enquanto o outro seguiu usando carros. O grupo que rodou em motos demostrou marcas mais altas nos testes de função cognitiva".

Em um dos testes, que requeria recordar um conjunto de números em orden inversa, a pontuação dos pilotos melhorou em mais de 50% em dois meses, enquanto que aqueles que não pilotaram motos tiveram um ligeiro decréscimo no resultado.
Os pilotos de motos também cometeram menos erros no trabalho e se sentiram muito mais felizes: "O cuidado mental é uma grande questão na sociedade atual. Creio que fizemos um bom trabalho ao demonstrar que podemos melhorar a saúde mental simplesmente utilizando a moto em deslocamento"

quarta-feira, 18 de março de 2009

Hobby e estilo de vida

Como você consegue diferenciar um hobby de um estilo de vida?

Eu tenho alguns hobbies, mas um (ou dois) deles podem ser classificados mais como "estilo de vida" do que um hobby propriamente dito.

Tome por exemplo o squash, por enquanto o squash na minha vida não entra nem como hobby, portanto está longe de ser um estilo de vida; ainda estou tendo aulas!!! Mas vejam, quando eu tiver um número de aulas suficientes, é provável que eu comece a jogar com alguns amigos, e daí ele passará a ser um hobby, se a coisa vingar, depois de alguns anos e tendo me encontrado na tribo dos jogadores de squash, isso pode passar a ser um estilo de vida, tomando bastante tempo, com participação em torneios e campeonatos em tudo que é lugar, e por aí vai...

Então hoje eu diria que velejar já possui um status de hobby dentro da minha vida, pois já a alguns anos venho lendo e pesquisando, já tenho um pequeno laser e sempre que posso estou na água treinando minhas habilidades na vela (que precisam melhorar um bocado, é lógico). Adoro velejar, é uma ciência muito legal de aprender e de utilizar.

Já o motociclismo entrou na minha vida como meio de transporte e por esse motivo, apesar de ter sido muito divertido no começo, nem chegou a ser um hobby; já chegou tomando espaço e sendo meu way of life desde a mais tenra adolescência ("tenra" é uma licença poética, desculpe). Desde os meus 16 anos, o motociclismo tem um espaço cativo na minha vida, exceto por um pequeno período, um pouco antes do meu casamento até o nascimento do meu filho uns 4 ou 5 anos depois, período em que fiquei sem moto, o resto todo foi sobre duas rodas... ah, que coisa boa! Só entende que vive isso. Eu não faço parte de nenhum motoclube, mas é por opção pois eu já poderia ter "feito carreira" nesse meio, sabe como é né: começa como PP, depois conquista um meio escudo, e se você tomar conta e lavar direitinho a moto dos patrões, conquista-se o direito de exibir as cores do seu motoclube. E eu não estou zombando, respeito muito a paixão e a organização dos motoclubes que eu conheço, mas sinceramente, pra fazer parte de uma organização quase militar (tem hierarquia, resposabilidades, cumprimento de agendas, etc...) eu preferiria servir ao exército, pelo menos eu receberia um salário, não é mesmo?

Eu realmente curto muito o mundo das duas rodas, mas ultimamente só tenho lido a revista Náutica e a Velejar (nem tenho comprado mais a Moto, a Motociclismo, e outras que eu não perdia), tenho impressão que a vela irá rivalizar bastante com as motos na minha vida futura; afinal já não sou mais um menino (pelo menos por fora). Meu sonho é conseguir conciliar os dois, e obviamente, tudo isso conciliado com as minhas paixões dentro de casa: um filho maravilhoso que pra iniciar a carreira de "motoqueiro" só falta a aprovação da mãe (e do avô ortopedista que tem horror a moto); uma nenezinha linda que ainda nem anda (mas vai começar logo...) e uma esposa maravilhosa que nem gosta de moto mas respeita o que eu sou!

Pronto, é isso aí; o prefácio do blog está pronto! Espero ter dado o tom correto para o que virá.

Fiquem com Deus!