Como em toda viagem, nessa a gente aprendeu um monte de coisas e daí vou fazer uma apanhado que pode ajudar quem resolver ir; afinal depois de rodar 12.566km a gente tinha que aprender alguma coisa...
Mapas e GPS
Levamos um mapa em papel que não usamos; dá pra comprar em qualquer posto lá, se você quiser. TODOS os postos tem wi-fi de graça, nem precisei comprar o chip de celular que eu havia planejado. Eu não levei GPS. Usei meu celular. Aqui em casa, baixei os mapas do Google Maps para poder consultar off-line e funcionou muito bem; porém todos os dias de manhã eu usava o wi-fi do hotel para programar o próximo destino e já aproveitava para pedir pro Maps mostrar todos os postos do caminho. Não mostrava todos, falaram alguns, mas daí era só perguntar pro frentista.
Combustível
A gente só usou a SUPER 95, a gasolina mais barata lá, como não tem álcool a moto ficou um pouco mais econômica, em lugar de fazer 17, fazia quase 20km por litro. Com um tanque normal da GS 1200, de 19 litros mais reserva, dá pra andar 350km sossegado, e mesmo acelerando muito dá pra chegar pelo menos nos 300km, o que torna possível fazer a viagem toda sem ter que carregar galão. O único cuidado é perguntar para o frentista qual é a distância dos próximos postos, teve lugar que tivemos que parar para abastecer apenas após 130km pois o próximo posto ficava mais 250km à frente e daí a GS não chegaria. Na minha moto, a K1200GT, com 24 litros no tanque, eu poderia rodar mais de 400km facilmente. Resumo: programe direito as paradas para não precisar carregar galão de gasolina.
Lei
De acordo com a Lei, você deve fazer um seguro Carta Verde para os países do Mercosul (é só ir no Banco do Brasil ou pedir pro seu corretor) e precisa do Soapex para o Chile (entre nesse link e faça online). Mas fomos parados só umas duas vezes pela polícia na estrada e apresentamos os documentos em todas as fronteiras e a ÚNICA pessoa que pediu o Carta Verde foi o cara que confere os documentos na hora de embarcar a moto no Buquebus, a balsa que faz a ponte entre Argentina e Uruguay. O veículo deve estar no seu nome ou você tem que ter uma autorização registrada em cartório que permita você fazer viagens internacionais se o veículo não estiver no seu nome. No Uruguai dizem que tem que usar o colete reflexivo (eles chamam de jaleco) mas na Argentina SOMENTE O GARUPA deve usar o jaleco, o piloto não precisa, estando sozinho ou acompanhado; é a lei lá. E na volta, nem no Uruguai nós usamos. A única polícia chata lá é a da província de Entre-Rios, eles procuram pêlo em ovo pra te extorquir dinheiro, mas tem uma dica no relato da viagem, veja lá o terceiro ou quarto dia.
Hotéis e distâncias
-->Estas foram as paradas. O Hotel Colonos é o único que ficamos que tinha piscina e foi muito bom pois estava muito quente e foi possível dar uma relaxada. O melhor bife de chorizo na viagem foi no El Chiminguito de Bariloche, e foi barato! A pior comida, sem dúvida, foi no Andino no Ushuaia; o bife ficou no prato, era tipo 007: duro, frio e nervos de aço! Dos hotéis que ficamos eu só recomendo o Aire Patagônia, o Los Colonos e o Fraiburgo; os outros com notas médias, dá pra ficar sem problemas, só não surpreendem, já os com nota abaixo de 5, não fiquem, não vale à pena; e quanto ao Paris e ao Julio Apart, fujam... melhor dormir no banco da praça.
Passeios em Ushuaia
Contratamos a um "megatour" de van no Brasileiros no Ushuaia, fica na rua... adivinha... San Martin! O passeio da agência é bem legal e abrange todos os pontos de interesse, altamente recomendado. E os guias são muito divertidos. Não compramos o passeio no trem patagônico, todos disseram que não valia à pena e acho que estavam certos!
Por falar em calle San Martín, depois dessa viagem descobrimos que se uma cidade argentina tiver apenas 6 ruas elas, sem dúvida, se chamarão: San Martin, Perito Moreno (ninguém nem lembra que o nome do perito é Francisco), Colón, (Bartolomeu) Mitre, Gen. Belgrano e Nove de Julio; os próximos nomes, caso tenha 8 ruas, são Maipú e Libertador.
Pra comer a famosa centoulla, vá no Tia Elvira ou na Cantina do Freddy, você escolhe no aquário e come fresquinha. E o armazém Ramos Generales também é parada obrigatória, tem a tal sopa de abóbora muito boa, e vários outros quitutes; pode só tomar um café e comer uma médialuna, você vai gostar!
Contratamos a um "megatour" de van no Brasileiros no Ushuaia, fica na rua... adivinha... San Martin! O passeio da agência é bem legal e abrange todos os pontos de interesse, altamente recomendado. E os guias são muito divertidos. Não compramos o passeio no trem patagônico, todos disseram que não valia à pena e acho que estavam certos!
Por falar em calle San Martín, depois dessa viagem descobrimos que se uma cidade argentina tiver apenas 6 ruas elas, sem dúvida, se chamarão: San Martin, Perito Moreno (ninguém nem lembra que o nome do perito é Francisco), Colón, (Bartolomeu) Mitre, Gen. Belgrano e Nove de Julio; os próximos nomes, caso tenha 8 ruas, são Maipú e Libertador.
Pra comer a famosa centoulla, vá no Tia Elvira ou na Cantina do Freddy, você escolhe no aquário e come fresquinha. E o armazém Ramos Generales também é parada obrigatória, tem a tal sopa de abóbora muito boa, e vários outros quitutes; pode só tomar um café e comer uma médialuna, você vai gostar!
El Calafate
Voltaria para o sul da Patagônia só pra visitar El Calafate de novo, que lugar legal, e os glaciares são um espetáculo. Seguem as dicas do Dani, concierge do hotel Amado, que seguimos e foi muito legal:
- como estávamos de moto, ele falou pra não comprar o transfer de van para os glaciares, falou pra irmos de moto mesmo, tem que chegar lá às 8h~8h30; a 40km fica a entrada para Punta Bandeira (mais 8km), onde compramos o ticket de um dia para visitar os parques e o ticket da Solo Patagônia para o catamarã que faz o passeio; depois pegamos as motos e fomos no outro parque (usando o mesmo ticket) para visitar o Perito Moreno (mais 32km). Deu super certo. O Dani também indicou o El Ovejero pra comer o cordeiro patagonico, ótima dica e ainda fomos convidados a assistir a tosa de uma ovelha... espetacular!
Rípio
Eu fui com uma moto modelo touring, não é indica para andar no rípio (estrada de terra com pedras), mas fazem essas viagens com qualquer moto (até Harley) e até scooters. É só ir com cuidado que dá pra passar. O único trecho ruim foi de Três Lagos a Gobernador Gregores, 72km de rípio muito ruim, mas foi só ir devagar (gastamos 3 horas). Dicas: vejam a previsão do tempo, não passem com chuva ou vento muito forte; e se estiverem com garupa, pare algum carro e peça carona para a garupa e as malas; fica bem mais fácil passar sozinho e mais leve. Os 15km de rípio entre as fronteiras do Chile e da Argentina, já na Terra do Fogo, são fáceis de vencer, passei a 60km/h sem susto.
Pneu
Pneu na argentina custa muito caro, com o preço de um pneu traseiro aqui no Brasil você troca os dois, paga o serviço e ainda sobra muita grana! Pra se ter uma idéia, o meu pneu traseiro aqui custa uns R$800 reais e lá chegaram a me oferecer por R$2.700. Coloquei aqui o Michelin Pilot Road 2, que disseram que aguantaria, e aguentou mesmo; ainda dá pra rodar mais uns 200km (rsrs). O Ari usou o Mertzeler Tourance na GS e também aguentou, mas chegou no osso!
Ida
Volta
Voltaria para o sul da Patagônia só pra visitar El Calafate de novo, que lugar legal, e os glaciares são um espetáculo. Seguem as dicas do Dani, concierge do hotel Amado, que seguimos e foi muito legal:
- como estávamos de moto, ele falou pra não comprar o transfer de van para os glaciares, falou pra irmos de moto mesmo, tem que chegar lá às 8h~8h30; a 40km fica a entrada para Punta Bandeira (mais 8km), onde compramos o ticket de um dia para visitar os parques e o ticket da Solo Patagônia para o catamarã que faz o passeio; depois pegamos as motos e fomos no outro parque (usando o mesmo ticket) para visitar o Perito Moreno (mais 32km). Deu super certo. O Dani também indicou o El Ovejero pra comer o cordeiro patagonico, ótima dica e ainda fomos convidados a assistir a tosa de uma ovelha... espetacular!
Rípio
Eu fui com uma moto modelo touring, não é indica para andar no rípio (estrada de terra com pedras), mas fazem essas viagens com qualquer moto (até Harley) e até scooters. É só ir com cuidado que dá pra passar. O único trecho ruim foi de Três Lagos a Gobernador Gregores, 72km de rípio muito ruim, mas foi só ir devagar (gastamos 3 horas). Dicas: vejam a previsão do tempo, não passem com chuva ou vento muito forte; e se estiverem com garupa, pare algum carro e peça carona para a garupa e as malas; fica bem mais fácil passar sozinho e mais leve. Os 15km de rípio entre as fronteiras do Chile e da Argentina, já na Terra do Fogo, são fáceis de vencer, passei a 60km/h sem susto.
Pneu
Pneu na argentina custa muito caro, com o preço de um pneu traseiro aqui no Brasil você troca os dois, paga o serviço e ainda sobra muita grana! Pra se ter uma idéia, o meu pneu traseiro aqui custa uns R$800 reais e lá chegaram a me oferecer por R$2.700. Coloquei aqui o Michelin Pilot Road 2, que disseram que aguantaria, e aguentou mesmo; ainda dá pra rodar mais uns 200km (rsrs). O Ari usou o Mertzeler Tourance na GS e também aguentou, mas chegou no osso!
Ida
Volta
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