Sábado 13/dez/2014 aconteceu o 11. FestVela, uma regata de vela que parte de Paraty e vai até Angra dos Reis, e nós participamos à bordo do Guaraná, nosso veleiro bávaro.
Saímos da base da Sailabout na sexta-feira por volta do meio-dia e chegamos em Paraty às 16h30, depois de uma velejada muito boa; o vento estava muito bom, na casa dos 12 nós de sul e o veleiro deslizou tranquilo em torno de 5/6 nós, chegando a picos de 7 nós na rajadas, quem dera esse vento tivesse aparecido durante a regata.
Nossa tripulação era composta por mim, meu filho e um amigo dele, o Murilo, nosso capitão Guillermo, e seus três amigos, o Pedro e dois argentinos chamados Raul e Osvaldo. Chegando em Paraty amadrinhamos o Guaraná ao Caju Amigo, outro veleiro Bavaria, só que maior, com 45 pés. Estávamos inscritos na categoria "cruzeiro com balão" mas também estávamos disputando o troféu da classe Bavária.
Jantamos uma pizza no Punto Divino, depois de uns aperitivos no Paraty 33 e terminamos a noite desfrutando as caipirinhas oferecidas pela organização da regata na Praia do Pontal, em frente ao fundeio dos veleiros.
Tudo perfeito até chegarmos na largada da regata. Cadê o vento? Tinha uns 40 barcos e nada de vento, acho que a organização esqueceu de convidá-lo. Segundo a previsão era pra ter 2 nós de vento e para grande surpresa de todos, a previsão acertou na mosca, os barcos ficaram todos se arrastando a 1 nó de velocidade.
Mas como disse nosso capitão: "regata com vento é para quem pode, e regata sem vento é para quem sabe!" - eu aprendi muito nessa regata. Obrigado ao capitão Guille, e aos experientíssimos Raul e Osvaldo, pela paciência e pelos valiosos ensinamentos; espero lembrar da metade na próxima que vez que eu for timonear um veleiro.
Com o passar das horas vimos todos os veleiros mais atrás ligando seus motores e desistindo da regata e indo direto para o Icar onde haveria a feijoada da chegada. Quando terminou o tempo regulamentar da regata só haviam 5 veleiros ainda na disputa e estávamos na frente do único outro bavária que restava. O resultado final foi que ficamos em terceiro lugar no geral e em primeiro da categoria Bavária. Nada mal, nas duas regatas que participei com o Guaraná, trouxemos o troféu pra casa. É o Guaraná 100%. Tudo bem que essa regata é uma festa, mas a outra foi a Refeno até Fernando de Noronha, inesquecível.
Na volta subimos a serra de Cunha e paramos no Tudo da Roça para tomar um capuccino que foi degustado no cantinho do rock da Solange, ao som do vinil do Deep Purple, Highway Star, que o Digão escolheu para o nosso deleite. Tudo perfeito, só tenho a agradecer a todos que fizeram essas alegrias possíveis.
A nota triste da viagem foi que logo na saída da baía de Angra, rumo à Paraty, passamos por uma lancha Azimut-Intermarine de mais de 40 pés que estava afundando numa laje próxima à Itanhangá; provavelmente a maré estava alta e o marinheiro não sabia da existência da laje e trepou a lancha nela. Quando passamos por lá chegou um helicóptero e ficou sobrevoando bem de perto. No dia seguinte vimos foto da lancha sendo içada no travel lift do Bracuhy, então pelo menos ela já foi resgatada.
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