sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Uruguay e Argentina
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Regata Ilhabela-Santos (com perrengue na volta)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Santo André - BA
Adoramos Sto André, que lugar ímpar. Uma foz de rio, paralela à praia que abriga uma vila de apenas 800 moradores e que, apesar da humildade do local, tem pousadas/bistrôs com chefs internacionais e artistas plásticos que fazem uns trabalhos maravilhosos. E tem também aquele hotel 5 estrelas que é um espetáculo, nem acreditamos quando chegamos lá, havíamos feito a reserva pelo telefone (não caia no "conto da reserva pelo site" que cobra o triplo do valor negociado pelo telefone 0800) e visto as fotos pela internet, mas ao vivo era ainda mais legal!!! (http://www.gjphoteis.com.br/hoteis/costa-brasilis-resort)
Como se não bastasse o lugar ser ótimo, ainda encontramos todos os amigos velejadores, cheios de histórias de encontros com baleias (incluindo três colisões, sem maiores problemas para os barcos) e contando sobre a beleza de Abrolhos, só ficamos com mais água na boca. Vamos ter que dar um jeito de estar no CCL2012, por dar um jeito entenda-se: criar coragem pra encarar as travessias com as crianças a bordo e conseguir ficar 40 dias na vida boa longe dos compromissos habituais (escola, trabalho, essas besteiras...).
Por falar em água na boca, o almoço da ABVC no sábado foi muito bom, e o restaurante Gaivota serviu um peixe frito que estava de lamber os beiços, bem sequinho, porém tenro e com um tempero divino - nem comi a salada!
Só posso dizer que no final valeu a pena ter pago a minha inscrição no cruzeiro, pois apesar de ter "desertado" participei das festas na largada e agora em Sto André!!! (é, o Rogério insiste em me chamar de desertor, deixa que eu ainda pego ele - mesmo com aquele tererê nos parcos cabelinhos, tá a própria bahianidade, com aquela trancinha saindo da clareira que ficou em volta, rsrsrrs). Vejam a foto abaixo...
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Ilha Sandri
No retorno passamos próximo à praia de Mambucaba pra dar uma olhada e tivemos um vento de 12 a 14knots na metade final do percurso, que rondou de leste para sul. Quando chegamos à Ilha do Mantimento e achei que o vento acabaria, aconteceu o inverso, o vento aumentou, vindo do sul, me obrigando até a arribar a vela grande pra não prejudicar o conforto da tripulação que já estava dentro da cabine preparando o nosso desembarque. Foi a primeira vez que pegamos vento tão forte dentro da baía de Paraty, chegou a bater 21 knots no nosso través, vindo do sul.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Lançamento da expedição Way Down para a Terra do Fogo
terça-feira, 20 de julho de 2010
Largada do CCL2010
domingo, 18 de julho de 2010
Férias de Julho de 2010
ABVC - CCL 2010
Vou dar a fórmula para uma navegada bem ruim, daquelas de você querer ver o mar só da praia: acorde cedo e vá trabalhar, daí almoce e pegue a estrada para o litoral, dirija cinco horas debaixo de chuva e embarque imediatamente, sem jantar, para encarar à noite um mar de ressaca com ondas de 3 a 3,5 mts! Já peguei mar pior, mas nunca passei tão mal. Foram 150km de um balançar ingrato e cansativo pra quem ainda não tinha se ambientado ao balanço. Dados desse trecho: 78,2 milhas navegadas em 15h14min com média de 5,1knots.
Agradeço à paciência do Rogério, comandante do Gameio, que apesar de também não estar 100%, tocou o barco (literalmente) e nos levou em segurança do Bracuhy ao Iate Clube do Rio de Janeiro, de onde largará o Cruzeiro Costa Leste 2010 (www.abvc.com.br). Digo largará, pois a previsão de largada era ontem (Sábado, 17/Julho), mas com o mar ainda de ressaca com ondas de 4mts a cada 8seg, decidiram adiar e aguardar melhores condições ambientais. Pena pois eu tinha planejado participar do trecho Rio-Búzios, mas não contava com esse atraso.
O ICRJ e o pessoal da ABVC fizeram a viagem valer à pena. Os 63 barcos, com muitos comandantes conhecidos e a maioria ainda desconhecidos pra mim, confraternizando naquele lugar maravilhoso ao lado do morro da Urca, é de uma energia tão boa e contagiante que não dá vontade de ir embora.
Teve churrasco na quinta à noite e o jantar oficial de abertura na sexta-feira, com direito a frevo, executado com maestria por uma passista vinda direto de Recife. Parabéns ao Governo pernambucano por fazer um trabalho tão esmerado de divulgação do turismo; destaco ainda que todos os participantes do jantar receberam uma bolsa de praia com folhetos apresentando as belezas do estado.
Fui... e já voltei!!!
quinta-feira, 11 de março de 2010
Regata Angra-Rio
Partimos às 23h00 do dia 22/Out de Ilhabela a bordo do H2Óia, o Cal 9.2 do capitão Hill, utilizado para eventos e treinamentos, e também para a diversão da família Hill. Nosso destino era a sub-sede do Iate Clube do Rio de Janeiro em Angra dos Reis. Éramos seis à bordo, sendo que apenas um sabia de verdade o que estava fazendo, enquanto sua tripulação estava lá mais pelo aprendizado de navegação do que pela disputa da regata. Foi uma travessia tranqüila, com pouco vento e um tanto de motor pra chegarmos; a passagem pela ponta da Joatinga não ofereceu nenhuma dificuldade, pois havia pouco vento, pouco mar e passamos ao largo.
Dormimos no Iate Clube do Rio, em Angra, e no dia seguinte partimos para a regata Angra-Rio. Após uma largada bem legal (é sempre uma festa) adotamos uma estratégia de ir para o meio do canal entre Angra e Ilha Grande mas o vento se foi e ficamos lá à deriva esperando um petroleiro nos albarroar (o que quase aconteceu) e depois de uma hora boiando, conseguimos um ventinho que nos levou para leste, ao dobrar a ponta de Sepetiba e aproar para o Rio, a noite caiu e o dia levou o vento embora; foi uma noite de contemplação, pois era só o que dava pra fazer. Pela manhã o vento voltou e finalmente pudemos velejar, era uma cabeça de frente fria e quando chegamos ao Rio de Janeiro, fomos realmente empurrados pela frente que subia o litoral, fazendo nosso barco surfar nos carneirinhos da popa. No final terminamos a regata marcando um tempo de 29h e vários minutos, mas com poucos adversários, já que outros barcos desistiram por causa da falta de vento, fomos sagrados campeões da categoria. Uhú! We are the champions!!!
Nosso capitão Hill teve a honra de encontrar o primeiro homem a circunavegar o globo sozinho e sem escalas, Sir William Robert Patrick "Robin" Knox-Johnston, que participou de uma regata ao redor do mundo, a Sunday Times Golden Globe Race, entre Junho de 1968 e Abril de 1969 em um veleiro de 32 pés (o menor da competição) e venceu. Na foto, a chegada do veleiro Suhaili em Falmouth. Sir Robin Knox-Johnston estava no ICRJ para divulgar a regata Clipper Round The World Race que ele idealizou para que todos possam ter a oportunidade de participar de uma regata de volta ao mundo. (saiba mais em http://www.clipperroundtheworld.com).
E por falar em lendas marítimas, estou lendo o livro "A incrível viagem de Shackleton" do escritor Alfred Lansing, e fiquei emocionado com o depoimento de autoria de um dos tripulantes do Endurance: "Para a liderança científica, o melhor é Scott; para viajar depressa e com eficiência, Amundsen; mas quando você está numa situação perdida, quando parece que não há mais saída, ponha-se de joelhos e peça a Deus que seu chefe seja o Shackleton." E para não ficar a impressão de que os super-homens não tem medo, leia esse trecho sobre suas dúvidas quando ele estava a caminho da Georgia do Sul tendo deixado a maior parte da sua tripulação esperando seu retorno na Ilha Elephant: "A verdade é que ele se sentia fora do seu elemento. Já provara seu valor em terra. Demonstrara, além de qualquer dúvida, a capacidade de opor sua tenacidade incomparável aos elementos - e vencer. Mas o mar era um tipo diferente de inimigo. Ao contrário da terra, onde a coragem e a simples vontade de resistir são muitas vezes decisivas para a sobrevivência, a luta contra o mar é um ato de combate físico, e não há como furtar-se a ele. É uma batalha que se trava contra um inimigo incansável, em que o homem nunca chega a ser o vencedor; o máximo que pode ambicionar é simplesmente não sair derrotado."
E, um pouco menos poético, mas com efeito bastante prático, cito a máxima do amigo Dorival, de que: "O mar não tem cabelo!", ou seja, não há onde se agarrar na hora do aperto...
Grande abraço e que Deus os acompanhe em suas navegadas!