"A intensidade da atração gravitacional entre dois objetos de massa dada depende da distância entre seus centros. Por exemplo, quando estamos em pé na superfície da Terra, a intensidade da atração gravitacional da Terra sobre nós depende de nossa distância até o centro da Terra."
"Contudo, nem todo o corpo da pessoa se acha a mesma distância do centro da Terra; os pés estão quase dois metros mais perto do centro da Terra do que a cabeça. Isso significa que os pés são mais atraídos para a Terra do que a cabeça,pois a atração gravitacional aumenta com a distância. Essa diferença na atração gravitacional entre duas extremidades de um objeto é o efeito de maré."
Retirado do livro "O Colapso do Universo" do Isaac Asimov
Pois é, o efeito de maré foi totalmente esquecido pelo diretor Christopher Nolan e pelos roteiristas desse excelente filme; para assistir a uma ficção científica, normalmente temos que desligar nosso senso de realidade, senão nossas críticas podem acabar com o divertimento, mas em Interestelar essa "licença poética" de desligar os efeitos da gravidade nos seres humanos acabou se tornando um problema... Em determinado momento do filme, a gravidade é tão grande que deforma o espaço-tempo a ponto de fazer com que o tempo passe devagar, mas não exerce nenhum efeito nas pessoas! A única boa referência ao efeito de maré foram as ondas gigantescas que assolaram a nave, ainda assim, foi pouco, pois estando tão perto de um buraco negro o planeta deveria ser sugado pra dentro e não ficar em órbita... imagino a velocidade dessa órbita para poder mantê-lo estável!
Outro fato digno de menção é que a distopia criada pelo autor, não foi explicada, e daí a gente sai cheio de dúvidas, MAS, como o filme deixou um monte de pontas soltas, achamos possível que eles façam uma continuação, o que seria legal pois daria pra explicar muita mais coisa (que não coube num filme de TRÊS horas) e ainda dar um final para muitas outras coisas que ainda não aconteceram nesse "episódio". Vou aguardar ansioso...