quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Whistler & Blackcomb


Whistler & Blackcomb


Nesse post vocês irão ler sobre:
- aqui é tão longe que tem uma parada pra dormir no caminho.
- Grand Cherokee com pneu de neve.
- Dill's chateau, nossa casa em Treeline #18.
- a aula de ski da Gabriela.
- ônibus gratuito movido a célula de energia.
- perrengue do Rodrigo em Creek Side.



E vejam ao final do post, o link dos vídeos!!!


Pra chegar em Whistler não é fácil. Como viemos de American Airlines, eles fazem parada em New York ou Dallas, e depois dessa conexão, onde temos que fazer a imigração americana e pegar as malas, nos mandam para Seattle onde chegamos tarde da noite, mas devido ao fuso horário, já seria madrugada no Brasil e daí tivemos que dormir em Seattle pra aguardar o vôo da Alaska Airlines no dia seguinte. Resumindo, 9 horas até NY, 6 horas cruzando o continente americano até Seattle, dormir no Red Lion, bom hotel ao lado do aeroporto, US$85 por um quarto com duas camas grandes que coube todo mundo, e no dia seguinte bem cedo, shuttle (gratuito) para o aeroporto pro trecho final, num Bombardier turbo-hélice; o bom é que chegamos bem descansados em Vancouver, onde pegamos um carro alugado e dirigimos os 130km que separam Vancouver de Whistler, curtindo a paisagem. Mas pra quem não quer pisar nas terras do Tio Sam e nem tirar o visto americano, se não me engano, a TAM tem vôo direto pra Toronto, no Canadá, e da lá pega uma conexão para Vancouver, é que nós tínhamos milhas da American Airlines, então tivemos que nos acomodar desse jeito mesmo!

Alugamos um Jeep Grand Cherokee novinho, com 2mil km, que aqui se você quiser comprar, paga só U$2.500 e leasing de U$309/mês (veja o site). Tive que pagar um extra de U$12/dia para ter pneus de neve, mas valeu a pena, já fiz teste de frenagem de emergência sobre neve e gelo na rua, e o bicho parou muito rápido, e se nevar forte, não vou precisar colocar corrente nas rodas.

A casa onde estamos é muito legal, tem 3 andares, embaixo fica o quarto das crianças e tem um banheiro, um armário grande com máquina de lavar e secar, na entrada tem uma salinha com armário e gente deixa os equipamentos de esqui e os sapatos todos lá embaixo e andamos descalços pela casa que, onde não é acarpetada, tem o chão aquecido. No andar do meio fica a cozinha americana, totalmente equipada, até com máquina de lavar pratos, e a sala muito grande dividida em dois ambientes, sala de jantar e de estar, com lareira e televisão (com DVD), a internet é ótima e o router é particular, só a gente acessa essa conexão. E no andar de cima, fica a suíte do casal, com um closet e uma banheira ótima. O aquecimento funciona muito bem, é o maior calor aqui, se lançaram aqui por perto um daqueles mísseis que rastreiam calor, nossa casa vai pro espaço. Descobrimos aqui que essa propriedade é de uma família de sobrenome Dill, e que é alugada quando eles não usam. Tem garagem coberta e a gente desce da montanha de Blackcomb esquiando e para na porta, é fantástico, a pista passa aqui atrás. Isso sim é ski-in/ski-out!

Por falar em ski, ontem a Gabriela passou o dia com uma turminha de aprendizes, e já está esquiando, vocês precisavam ver que coisinha mais linda, com os joelhinhos dobrados e fazendo a tal da cunha e descendo o morro com a professora (Lauren), que falava um pouquinho de espanhol, mas no final nem precisava, porque ela ficou meio ressabiada no começo mas logo ficou à vontade e brincou à beça. Hoje ela vai esquiar com a gente, quero só ver...

Os ônibus aqui em Whistler são elétricos e a eletricidade é gerada por célula de combustível, eles usam hidrogênio que combinado com o oxigênio do ar, produz eletricidade e como sub-produtos produz calor (ótimo, porque é frio pacas) e água, e como tudo está sempre molhado por conta da neve que fica derretendo na rua, ninguém nem percebe. Clique aqui para saber mais. Mais dois destaques, várias linhas são gratuitas, como por exemplo a linha 5 que usamos aqui no Upper Village, e os ônibus são equipados com suspensão regulável, para quando alguém com necessidade especial vai entrar ou sair, o motorista abaixa o ônibus pra facilitar! Descobri porque o Brasil é terceiro mundo: é porque aqui é o primeiro mundo e os EUA e Europa, o segundo! 

O Rodrigo desceu esquiando sozinho para o Creek side de Whistler e as cadeirinhas já tinham parado de funcionar pois passava das 15h00, daí o funcionário disse que ele teria que pegar um ônibus pra voltar pra vila onde estávamos, e ele não tinha dinheiro pra pagar o ônibus (nessa linha cobram CAD$2), daí o funcionário perguntou se ele tinha dinheiro e diante da negativa, ele deu a moeda e disse: "my treat!" - gente boa, salvou o Rodrigão de andar um bocado carregando a prancha. Notas: aqui tem uma moeda de $2 dólares canadenses, e o dolar americano é aceito normalmente mas o troco é dado em dólares canadenses e eles usam a cotação de 1x1, atualmente o dólar canadense está mais caro que o americano, pelo menos para os brasileiros, então teria sido mais negócio trazer só dólares americanos.